("Se você fosse meu marido, eu envenenaria seu café." "Se você fosse minha esposa, eu beberia!")
O negócio não é brigar ou não. Todo mundo briga.
O negócio é saber quando acabar a briga. E como.
Foi no dia do jogo de basquete. No feriado.
Tínhamos que sair às 3 pro jogo, e só resolvemos o que iríamos almoçar às 2.
Eu avisei que faria o almoço, mas que estava tudo congelado, e que não daria tempo.
Ele, que estava trabalhando no laptop, não prestou atenção.
Dez pras 3, e o almoço ainda cru dentro do forno.
Começamos a discutir:
- O almoço não tá pronto ainda?? - ele perguntou, abrindo a porta do forno
- Eu falei que não ia ficar pronto a tempo... precisa mais uns 10/15 minutos - eu de mau humor.
- E agora??? A gente tem que sair AGORA, senão vai se atrasar pro jogo - ele emburrando.
- Eu FALEI que era pra pedir comida! Falei que não ia dar tempo! - emburrando idem
- Eu não ouvi! - todo irritadinho
- Mas eu FALEI! - puta da vida, e saí resmungando que ele nunca presta atenção quando eu falo.
- Bom, então eu vou fritar um hamburger, é isso - ele seco.
Eu, voltando pra cozinha - Vai fritar hamburger????? Mas deu trabalho fazer o lombinho! É só esperar MAIS 10 MINUTOS! - já começando a me alterar, e abrindo o forno de novo pra olhar.
- Em 10 minutos a gente vai estar atrasado!
- Você atrasa pra tudo, pro JOGO DE BASQUETE não pode?????????? - ainda segurando a porta do forno.
Fiquei tão brava, tão brava que dei um porradão com a porta do forno, joguei o pano de prato em cima da pia e sai batendo o pé. Ele ficou tão chocado, que virou e disse:
- O que é isso? Tá maluca? VOLTA AQUI! - tom de ordem. Ele não grita.
Acontece que eu achei tão engraçado o jeito que ele falou, tão engraçado ele me dando ordem (que nem a gente dá nos caninos e na criança), tão ridículo, e achei que era uma bobagem tão grande brigar por causa da porra do almoço, que comecei a GARGALHAR, que nem uma descontrolada.
Assim, imediatamente depois que ele falou.
Ele me encontrou encostada na parede do corredor, rindo até não poder mais. E começou a rir também.
E me abraçou.
- Desculpa, eu não ouvi quando você falou.
- Ah, tudo bem. Eu sabia que não ia dar tempo mesmo...desculpe também. A gente come o lombinho à noite.
- Tá, quer que eu frite um hamburger pra você, enquanto você se arruma?
E assim acabou a briga.
São todas tão fáceis assim?
Infelizmente não. Mas a gente tenta.
A gente podia ter ficado horas digladiando pra ver quem era o mais certo? Quem ganhava?
Podia.
Mas, na boa? Eu detesto brigar. Seja com quem for.
Brigar é chato, improdutivo e dá trabalho.
Tem gente que adora brigar. Briga todo dia. Tem prazer mórbido em brigar e ter razão. Discutir, discutir, discutir... que no final nem lembra mais porque começou a discutir!
Eu não quero ter razão sempre.
Eu quero é me divertir e ser feliz.
A vida é tão curta...
5 comentários:
Adoreiii a história!!! rs
Ri sozinha aqui no computador...
Até brigar vocês sabem.
bjos
Show! Parabéns pelo exemplo. Bjs.
Sábias palavras, Elise!!!
Bjus!
Rê.
Rir é ótimo. Bigar para mim é exaustivo, mas sou uma lutadora, se eu tenho razão estresso mesmo.
Ah, Elise querida!! Abençoada seja SEMPRE o casamento de vocês. Imaginei a situação e morri de tanto rir. bjas
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