MOMENTOS DO REVEILLON

Déia pra mim:
- Tenho que jogar 60 palmas no mar pra Iemanjá esse ano...
- Caceta! 60?
- É, gata... promessa. E ela ganha, tendo realizado os pedidos ou não...
- Hum - pensativa - emprego bom esse de ser Iemanjá.

Depois de uma pausa, continuei:
- Melhor você jogar uma por uma no mar.
- Ué, por quê? Dá mais trabalho, melhor jogar tudo de uma vez...
- Não, joga uma de cada vez pra VALORIZAR mais a coisa... se jogar tudo junto, como é que ela vai ver que tem 60??
- É, né?

E a gente nem tinha tomado muito champagne ainda, rs.

***

Mais de 8 da manhã do dia 1.
Eu tinha voltado da festa de Reveillon antes, com sono e ele ficou.
Olho pro lado na cama, ele não está. Escuto o chuveiro.
Pensei: "deve estar sentado no chão do box, mutcho bêbado", rs.
Que nada, daí um segundo ele vem pra cama, serelepe.
Eu tonta de sono, resolvo conversar.
Imagina o papo - uma meio dormindo, outro meio bêbado, rs.

- Tá bem?
- Tou.
- Você tomou banho por que vomitou? - sente a preocupação, rs.
- Não, é que dei um mergulho no mar, com o fulano*. (*preservando o nome do amigo, rs)
- No mar? Vocês foram pra praia? Você não estava de sunga...
- Não estava não.
- Ai... você não pagou bunda de fora na praia não, né?!

(Quando a gente começou a namorar, em quase todo final de noitada a gente parava na praia pra ele mergulhar nu, rs)

- Não, de cueca mesmo.
- Que vergonha!
- Vergonha pro fulano, que estava com uma cuequinha cavada, tipo sunga, branca e ridícula! A minha pelo menos era boxer e escura....

Durma-se com um barulho desses, rs.