segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

NÃO UM DOMINGO QUALQUER...


Os gritos se misturaram com as lágrimas. Eu e B pulávamos feito dois doidos no meio da sala, quando um turnover para touchdown praticamente garantia a vitória. Eu gritei, e os caninos assustados latiram, provavelmente acordando os vizinhos.

No Twitter, Ellen DeGeneres também chorava e comemorava. Gentes que eu nem sabia que assistia torcia comigo e vibrava. Ontem, todo mundo era Saints. Foi demais até pro time do Colts - o quarterback adversário era original de New Orleans. Seu pai tinha sido quarterback do Saints antes.
E assim, Peyton Manning,  cotado para melhor quarterback da década, se rendeu e caiu de joelhos diante do gigante da Louisiana.

Minha história com o Saints começou há mais de 15 anos. Eu sou leitora voraz de terror, vocês sabem. E uma das minhas autoras favoritas de todos os tempos, Anne Rice, a "mãe" do vampiro Lestat, ambienta todas as suas histórias na velha New Orleans. O amor pela cidade começou aí.
Depois, quando começou a paixão pelo football, nada mais lógico do que torcer pelo time da maravilhosa cidade mistura, com sua colonização francesa e creole, que a faz tão diferente do resto do país.

Mas o time era o saco de pancadas da NFL. Sempre na lanterna. Nunca nem chegando na final.

Aí veio o Katrina. E eu sofri. Sofri mesmo - o lugar que eu platonicamente mais amava, que mais queria conhecer, debaixo d'água. E o estádio famoso dele, o Superdome, semi-destruído, virou abrigo dos desabrigados.

Inacreditavelmente, o time começou a se reerguer. A virar orgulho da cidade. E nessa temporada fez uma campanha fabulosa. Drew Bree, o quarterback, é brilhante, sim. Mas o Saints não é um time de uma estrela, como muitos outros times favoritos. O time todo virou uma máquina lubrificada de ganhar.
E perto do final, todo o país virou Saints. Pela cidade. Pela garra que o time teve. Pela esperança.

Como disse a Sil, o Mardi Gras (comemoração tipo carnaval de New Orleans) esse ano vai ser demais. Ai, que eu daria tudo pra ter estado na Bourbon Street, no French Quarter ontem...

Merecido? Mais até.
Foi lindo.

PS: e ontem foi mesmo dia de football - eu até joguei! Brincamos de jogar, eu, B, comadre Déa e amigos, na quadra de vôlei de areia do condo. Eu, ridícula com um short do B, mas me divertindo horrores. Mal sabia a noite que estava por vir ;)

6 comentários:

Anônimo disse...

Muda loga para os estates e para dessa babação de ovo rídicula!!! Será que vc não se toca...
"E perto do final, todo o país virou Saints. Pela cidade. Pela garra que o time teve. Pela esperança"
Ai vou vomitar!!!

Elise Machado disse...

Vomita não, anônimo! Estraga o teclado! rsrs
Ôpa, manda a passagem, que vou feliz! :)

Nayara disse...

Oi Elise,

acabei de ver na TV, um pouquinho atrsada (rs...) que o seu time ganhou!!!!

Assim que mostraram cenas do jogo e falaram de New Orleans..lembrei de vc e comecei a rir....pensei: ela deve ter surtado!

kkkkkkkkkkkkk

Surte mesmo...a vida é uma só...e nós somos tb os nossos delírios e deslumbramentos...sem eles, qual a graça?!

Bjs soteropolitanos!

Carolina disse...

ei, elise! uma das sumidas de novo... ^^
muito provavelmente você já viu, mas uma amiga me mandou esse link e lembrei de você!

http://www.youtube.com/watch?v=fHgJ0KLceLg&feature=player_embedded

[If Filmmakers Directed the Super Bowl]

=***

Karol B. disse...

ahahaha Anônimo se ofendeu?? agora porque é Brasileiro só pode gostar desse esporte porcaria que é o futebol se joga no Brasil? ah vá!
Assisto a uma partida de Football praticamente sem ar, é MUITO bom!
Mas claro, o meu gostar não chega aos pés do fanatismo(do bem) da Elise ahahaha ...fico feliiz que seu time tenha ganhado menina!
A festa deles é linda né? beijooos!

Elise Machado disse...

Obrigadinha a todo mundo que torceu junto comigo!