quarta-feira, 26 de maio de 2010

VIOLÊNCIA


Papo sério.
O assunto é meio tabu, as pessoas não gostam de falar sobre.

Aconteceu a coisa mais bizarra. E eu dei um furo imenso.
A campainha tocou, e era uma das couriers aqui do condo que vinha trazer minha encomenda. Eu a conheço há tempos, e puxei um papinho enquanto assinava a entrega.

Nisso reparei que ela estava com um tremendo ROXÃO no rosto, assim na altura do osso do malar (é assim que chama? Bem abaixo do olho, mas não como olheira).
E a besta aqui, muito despreocupadamente e rindo manda: caiu da escada?!

A menina ficou meio sem jeito, olhou pra baixo, deu uma engasgada e respondeu - "não, foi meu namorado que me deu um soco".
Eu, muda estava, muda fiquei.
E ela completou: "Ex namorado, né? A gente separou".

Eu engasguei uma resposta, totalmente sem graça, sem saber como agir, sem intimidade com a pessoa pra esboçar nenhuma reação. Como ela continuou na minha frente, e não fez menção de ir embora, o meu lado prático não pensou em nada mais brilhante do que perguntar: e você denunciou ele?

E ela começou a explicar que não, que ele às vezes perdia a cabeça, e que era melhor assim, que não era a primeira vez e - na boa? Eu nem queria ouvir a resposta! Eu queira que ela sumisse da minha frente, confesso!
Coitada, não por ela - simplesmente por estar completamente desconfortável com a situação.

Acabou que ela foi embora, e eu fiquei com o maior gosto de merda na boca, sabe como é?!

Eu não lido NADA BEM com esse tipo de situação. Não mesmo.
Fico extremamente nervosa com qualquer tipo de violência contra mulher.
Até assistindo filme, quando tem alguma cena mais forte de estupro, ou de mulher tomando porrada, eu fico logo enjoada e tensa.
Me tremo toda até com grito (não suporto). O B nunca, nunca grita perto de mim, não importa o quão puto esteja!
Na época em que eu lutava Full Contact, o professor sempre fazia par comigo, porque ele controlava melhor os golpes e sabia que eu não lidava bem se algum escapasse.

Em relação à menina aqui do condo, me fez pensar o seguinte:
a gente faz essas brincadeirinhas de curtir tomar tapinha na cama e tals, puxão de cabelo, legal, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!

Infelizmente esse tipo de coisa (não as brincadeiras sexuais, as coisas sérias) acontecem COM UM MONTE DE GENTE. E se engana quem pensa que é só com gente sem instrução, mais humilde, ou pouco esclarecida.
Não é.

Eu trabalhei com uma menina há séculos, que contou com a maior naturalidade que um namorado tinha estuprado ela (!). Que ela era virgem, eles namoravam há um tempão e acabaram num motel; mas na hora H, como ela era muito novinha, ficou nervosa e acabou desistindo. Pediu pra ir embora.
E ele estuprou ela. Assim, sem mais.
Botou até o travesseiro na cara dela pra ela parar de gritar, e ela achou que fosse morrer sufocada!

E essa menina era inteligente! Estava na faculdade! Tinha uma boa criação. Não era nenhuma tonta (e se alguém entrar aqui pra dizer que ele tinha razão, que ela já estava no motel mesmo, e que a culpa é dela, VAI TOMAR NO CÚ! Não é não e foda-se!)

Sei de casais em que o cara é violento com a mulher, não necessariamente sai na porrada, mas dá tapas com força, belisca, MORDE, empurra, chuta, e outras coisas, e a mulher não deixa o cara.
Ou demora um tempão pra deixar.

Essas mulheres são umas bestas? Umas idiotas sem amor próprio?
Não, não são.
Algumas amam muito, sabe? E nem sempre esse monstro de agora é o cara pelo qual elas se apaixonaram.
Ou são inexperientes, e não sabem o que é abuso.  Não sabem que tal e tal coisas são agressões. Acham que o cara tem um "mau temperamento".
Ou acham que mereceram, de alguma forma.
Outras não apanharam, mas foram violentadas pelo próprio parceiro, e não sabem que isso é estupro, pois são casadas com o cara (as mulheres sempre acham que estupro é com cara desconhecido. E não é).
Algumas tem vergonha e escondem o fato.
Se sentem sujas. Como se fosse culpa delas mesmo.

Algumas simplesmente dependem do cara, ou tem famílias que não querem dissolver.
Algumas acham que foi SÓ UMA VEZ, que ele se arrependeu. Pediu desculpas.
Outras apanhavam do pai, ou de irmãos e acham que isso é normal.
Essa história de "mulher de malandro", de ficar de sem vergonhice e no fundo gostar de ser vítima, nem sempre procede, viu?
Não dá pra julgar, sabe? Não devemos.

Só ajudar, tentar entender, não culpar aquela que deixou acontecer.
E esclarecer.
Por isso esse post.
Porque pode alcançar alguém que nem sabe que é vítima de abuso.

SÓ UMA VEZ não existe - quem bate uma, vai bater de novo. É uma falha de caráter irreparável.
Te xingar ou agredir verbalmente também é abuso.
Te beliscar (a sério, pra doer, na raiva) é abuso.
Te socar, mesmo se não for na cara, é abuso.
Te forçar a qualquer coisa sexual, mesmo se vocês tem um relacionamento de anos, é abuso. Pior, é estupro.
Te empurrar da escada/da cama/contra a porta ou parede, de propósito e com intenção de machucar, é abuso.
Arremessar algum objeto contra você, é abuso.

Se você passa por alguma dessas coisas, abra o olho - NÃO VAI MELHORAR. É melhor procurar ajuda pros dois.
Ou simplesmente FUJA dessa relação doentia, sem olhar pra trás.

E se você conhece alguém que sofre esse tipo de coisa, dê um toque. Às vezes a pessoa está tão envolvida com a situação que não percebe o que é normal e aceitável.

E se esse texto longo e denso tiver servido pra ajudar alguém, ou fazer as pessoas falarem sobre isso, já estou satisfeita.
 Fale sobre! Faça barulho! Passe adiante (não o post, a ideia).

21 comentários:

Lili Bolero disse...

Olha Elise, sempre venho aqui,leio seus posts, gosto muito e até entendo algumas situações pelas quais vc passa. Só que hoje não entendi porque não deu esse toque para a menina. Tudo bem que vc não lida direito com agressões, não tinha intimidade mas, pela maneira que você colocou, ela estava esperando uma palavra de conforto da sua parte, já que foi honesta contando-lhe o que tinha acontecido e vc lhe virou as costas. Perdeu a oportunidade de dizer tudo isso que acabou de escrever à uma pessoa que realmente precisava de ajuda. Desculpa, mas é apenas um comentário e não entenda como crítica. Uma boa semana pra vc.

Elise Machado disse...

Lili, você tem a MAIS ABSOLUTA RAZÃO. Não tenho defesa, meu bloqueio me travou mesmo. Fui pega desprevenida e dei mole.

Como provavelmente não encontrarei essa pessoa tão cedo, o meu remorso de não ter tido presença de espírito virou esse post.

Espero me redimir assim de alguma forma.
Beijas.

Daniely Novo disse...

1977...não entro no facebook filé...rs
Bjks

Elise Machado disse...

:p

Anônimo disse...

As vezes a pessoa vai acostumando, começa aos poucos, e quando você vê está vivendo aquelas situações que pensava só existir em novelas. E o massacre moral, físico, emocional é tão intenso, que você acaba pensando que é sua culpa, e tenta entender o que fez pra "merecer" essa violência. Fica difícil enxergar claramente quando se está no meio desse furacão.

Silvia Maria disse...

Caraca...
A gente fica sem chão numa hora dessas.
Sabe, Elise, muitas vezes a mulher se anula quando casa: para de trabalhar, fica dependente do marido (ou namorado) e acaba se sujeitando a situações como essas. Aí entra naquele círculo vicioso de baixa estima, sem conseguir se recolocar no mercado de trabalho, porque tem que tomar conta das crianças, pq sempre foi assim, essas coisas.
No final das contas, elas são vítimas delas próprias... não tem coragem nem mesmo de reagir. Mesmo porque, nossa sociedade é ainda muito preconceituosa em relação à violência contra a mulher...
É triste, né?
Bjks

Anônimo disse...

Além de lamentar a óbvia covardia desses indivíduos, é de se lamentar que as punições relativas e as PESSOAS envolvidas, sejam tão brandas (não é necessário seguir o código de Hamurabi e ser vingativo. Mas deixar um mau-caratismo tão grande sem punição é quase tão absurdo quanto a agressão. Como é de conhecimento geral, uma vez covarde, a reincidência é certa.*). Que seja antiquado, mas uma bela surra de cacete, digna de entrevar o agressor, devia ser permitida por lei como a mínima punição para um ato desse gênero. A sociedade ainda é absolutamente misógina e a defesa da mulher mostra-se deficitária.

Sad, but true...

Graças à impunidade e a falta de respeito ao próximo vivemos em um mundo deteriorado... E impelidos pela revolta, até esquecemo-nos do nosso quinhão por uma convivência melhor... Assim os menores gestos vão se avolumando junto a tantas outras coisas errôneas que nos preenchem os dias... Se ao menos as pessoas parassem para refletir... :/

*Quanto ao caso de estupro, sequer encontro alguma forma de expressar a repulsa por alguém capaz de um gesto deste. Que Deus me dê discernimento e paciência... Porque se der força eu mato. Estuprador não pode caminhar livre pelas ruas... Só deveria caminhar pelo corredor da morte, mesmo.

Unknown disse...

Lise... eu entendo muito bem a sua reação!
Não tem desculpa, mas eu também fico desse jeito, e o pior é que é muito ruin, pois depois eu fico pensando N coisas que poderia ter falado!
Temos que passar essa idéia pra frente, mostrar que isso é errado!
Fico revoltada com isso.

Anônimo disse...

Ai Elise, um assunto que realmente é um soco no estômago, né? Me sinto igualzinha como vc falou q se sente, msm qd é filme...às vezes nem durmo direito qd assisto.

Acho q a dificuldade é mesmo a de perceber logo o problema...começam com levantamentos de voz, gritos e descontroles sem contato físico aos quais a menina vai "justificando" pra si mesma: ahhh ele é ciumento, ahhh eu que puxei a briga...outra coisa q atrapalha muito é q os casos em q sei de conhecidas q acontece, o cara qd não está no estado "monstro" é extremamente meloso, cheio de declarações de amor eterno e dedicação extrema...isso tb dificulta o julgamento de uma menina apaixonada.

Uma amiga de uma amiga minha q faz faculdade federal em outro estado, é universitária da mesma faculdade pública, super tradicional, curso respeitado e...leva uns tabefes do namorado há anos e iniste em arrastar a situação...ela e minha amiga inclusive se afastaram pq ela não aguenta mais a insistência dela em continuar com um cara desses e nem quer mais olhar na cara do sujeito, o q a amiga deveria fazer né...

Complicado, aconselho as meninas nessa situação a pararem de tentar se iludir ou se enganar...eu sei q qd vcs estão bem, ele é um doce, mas não se engane...é na hora do conflito que você vê como vcs vão lidar com problemas a VIDA INTEIRA...nos momentos bons, é ÓBVIO q éle é ótimo...nos momentos bons até um bandido deve parecer super gente boa...é na hora do conflito de interesses que você vê quem a pessoa é, e caráter não se muda, infelizmente, então tome coragem e retome a sua vida procurando um HOMEM DE VERDADE, nenhuma boa mulher merece e nunca mereceu passar por essas coisas...

Adriana Pereira disse...

Eu sou igual a vc. Não sei lidar com isso, não gosto de ver mulher sofrendo nenhum tipo de violência, paraliso, fico sem saber o que fazer. Sempre disse que atendo qualquer tipo de paciênte, menos violência doméstica.
Seu post foi ótimo, é tão difícil falar dessas coisas com quem precisa ouvir.
Beijos

Angela Natel disse...

Já sofri vários tipos de violência, da parte de pai e de marido. Chega com essa palhaçada.
A vida vale mais do que isso.
Post na hora certa e da maneira certa.
Parabéns.

Juliana disse...

Ai Elise, minha irmã apanhava muitooooo do ex-marido.
O cara arrancava todo cabelo dela, batia nela pelada, cara!!!
Sabe, todo mundo sabia, minha mãe, eu e todo mundo se esforçava ao máximo pra ela sair de lá e ela não queria.
De tanto apanhar perdeu um bebê.
Engravidou, e o cara continuou, ela vivia roxa e com falhas nos cabelos, ficava sem comer, minha mãe disse que a vizinha pedou ele chutando a barriga dela, colocou ela de barriga pra baixo no chão e ficou pulando em cima.

Minha sobrinha nasceu prematurissíma, e um milagre não ter tido problema maior que no pézinho, se tivesse cuidado no inicio nem seria grave, mas ela ficou naquelas de não acitar que tinha problema, aí minha pequena entrou pra aacd e já fez cirurgia...

E só agora que a Giulia, minha sobrinha, tem 3 anos, que ela saiu da casa do cara, pra casa de outro que sei lá, sabe?

Chegou ao ponto da minha sobrinha com menos de 3 anos, até hoje ninguém sabe como, ligar pra minha mãe no momento em que minha irmã apanhava; minha mãe muito louca pegou meu cinto mais pesado e cheio de tachas, chegou lá ela estava nua e ele batendo muito nela. Porra, minha mãe deu tanto no cara, ams tanto no cara, com tachas e spikes do cinto, que ficou coberto de sangue... Enqto minha sobrinha, de ainda 3 anos gritava: Bate nele vovó!

E depois disso?

Ela ainda continuou morando com o cara mais uma cota, e espalhava que a familia não dava atenção e não fazia nada, quando minha mãe pagava convenio e alimentação pra ela e a baby, e nem sobrava nada pra ela.

Ariela disse...

eu leio esse blog faz tempo, mais de ano, e nunca comentei. mas esse seu post...
eu estudo direito e tenho estágio obrigatório no escritório modelo da faculdade. e todos, TODOS, os casos de violência doméstica terminaram antes de termos tempo de fazer a peça inicial. a esposa/companheira nos procurava na 2a-feira, nós pegávamos documentos, procuração, começávamos a fazer a petição de separação. mas quando a gente falava pra cliente que o marido dela seria convidado a se retirar de casa, ela desistia. o pior é que agora a ação penal é pública e incondicionada, ou seja, a mulher não pode desistir de processá-lo, e assim que faz o BO a polícia TEM que investigar e o MP TEM que processar, mas eles não fazer isso. fica só em BO mesmo. eu sei que não quero trabalhar com isso, porque o desgaste emocional é imenso, eu ficava noites sem dormir depois de um atendimento desses, e sem retorno nenhum. nunca levamos nenhum desses casos a diante. infelizmente

Barbara disse...

Dia desses uma amiga (vizinha) apanhou do namorado. 6 meses de relacionamento, cara legal, amoroso. E numa noite, ela sem os pais em casa, ele a tranca no quarto, enche de tapa e passa a noite dizendo absurdos, xingando, ofendendo. O cara vai embora de manhã cedo (na hora que bem entende) e passa o dia ligando, fazendo ameaça.
Fui à delegacia da mulher com ela. Fui ao IML com ela fazer corpo de delito. passei uma semana inteira alterando meus horários de trabalho, para que ela não ficasse sozinha em casa e não saísse sozinha.
Mas felizmente, a polícia e os agentes de justiça agiram rápido e ele recebeu em casa uma medida cautelar de afastamento e proibição de contato.
Infelizmente, ela ainda se sente muito mal. Pela decapção. Por ter apanhado de quem amava. Por ter apanhado apenas por ser mulher. E pior, por ainda gostar dele, mas saber que não pode e não deve. Que ele não vai mudar. É triste, muito triste.
E o pior é saber de pessoas que não tomam a decisão certa, que é denunciar, ir até o fim, processar civil e criminalmente.
Pior é saber que está cheio de homem por aí que vê mulher como coisa, propriedade.
Às vezes tenho preguiça deste mundo.
Desculpa o tamanho do desabafo.

Alê disse...

fico tão passada quanto vc!!
como pode?
as mulheres precisam ser mais fortes nesse aspecto. não de revidar, e sim de abrir a boca, fugir, denunciar, sei lá.
o que não pode é ficar apanhando de homem, seja ele quem for.
e concordo que se ela perdoa o primeiro tapa, vai levar outros, com certeza!
com relação aos babacas que fazem isso, acho que deveriam ser presos, sem dó nem piedade. e na cadeia deveria ter uma ala especial para esse tipo de gente (que bate em mulher). nessa área especial, eles deveriam apanhar diariamente. e muito!
mas pra mim, pior que bater em mulher, que pode se defender se quiser, é bater e maltratar criança!!
aí sim, o buraco é bem mais embaixo!!!

bj

Gabriela disse...

Oi Elise.
Esse post me fez embrulhar o estômago e confesso que já apanhei do meu ex namorado e o denunciei a polícia.
Espero que essa menina tenha a mesma coragem que eu e que isso não se repita.

Jussara disse...

Esse assunto ainda é tabu mesmo, infelizmente. Tb não lido muito bem com violência (não só contra a mulher, mas no geral), mesmo nunca tendo sofrido agressão. E tb fico mal; na minha casa ninguém nunca gritou, então, assim como vc, até gritos me assustam e gente que fala muito alto me incomoda (lembrei de um casal de conhecidos que estava num restaurante/bar com a filha de 4 anos; de repente um casal da mesa ao lado começou a discutir, a mulher se levantou, começou a gritar e jogou cerveja no cara; a menininha, filha do casal, ficou morrendo de medo e começou a tremer).
Acho que esse assunto deveria ser muito mais falado e discutido, mas o que acontece é o contrário, até pq, ninguém quer se expor. Mas até no cinema esse tema foi pouco abordado, o que é uma pena. Concordo com a Silvia, a sociedade é preconceituosa com a mulher que sofre violência pq a coloca como culpada, e não como vítima. E ainda tem gente que diz que mulher gosta mesmo é de apanhar (frase do Nelson Rodrigues). Um dos poucos filmes que conheço sobre o assunto é um espanhol chamado "Pelos Meus Olhos"; muito duro, mas muito bom. Fica a dica pra quem quiser assistir.
Espero que o seu post ajude pelo menos uma pessoa. Nem todo mundo tem esclarecimento, e mesmo quando tem, como no caso da menina com quem vc trabalhou, parece não ser suficiente. Se levar um tapa, por mais leve que seja, tem que abandonar o barco, sair fora, e além de tudo denunciar. Vemos não poucas vezes nos noticiários, mulheres que vão a óbito, mesmo tendo feito várias denúncias e B.O.(s), simplesmente pq a justiça não fez a parte dela.

MLR disse...

Uma menina que fez faculdade comigo morreu no inicio de Abril pq o babaca do ex namorado deu 4 tiros nela e ainda matou o pai e a mae dela...Ela tinha feito 2 denuncias na policia e de nada adiantou... Muito triste!

Priscila disse...

Já reparou na letra de "Better Man" do Pearl Jam?
É de cortar o coração e tem tudo a ver com o que escreveu no post.

E estou com um nó na garganta por essa menina e por todas as outras que sofrem com isso todos os dias. Então vou parando por aqui hoje.

Beijos! Priscila.

Anônimo disse...

Olá , Elise.
Adorei (como sempre) seu post ... mulheres em qualquer idade tem que rejeitar qualquer tipo de abuso, de violação, seja ela fisica ou psicológica. Acho que como sempre o se post nos faz pensar e colocar a cabeça para funcionar.
Vamos nos libertar das amarras do medo, da vergonha e da culpa ( inexistente), vamos fazer barulho dier chega virar as costas denunciar e seguir em frente.

Parabéns pelo blog.
Beijos

Licele Faial disse...

eu tbm passo mal com essas coisas. sério.. comecei a tremer com a história da menina q trabalhou com vc. ainda mais que eu tenho pavor, horror de estupro. nao posso nem com filme..
mt triste a vida dessas mulheres... e mais triste ainda as que se anulam pra tentar salvar a família ou relacionamento... elas tinham que ver que não estão fazendo bem algum.. que seria melhor separar..
nossa.. nem sei o que falar.. assunto mt difícil pra mim..